Parte II – “DESVENTURAS DOS PROVINCIAIS” ou “POR QUE VOCÊ DEVE SE APRESSAR PARA APLICAR”

 Parte II – “…vem mais luta!”

Pois bem: estava lá, sossegada, depois de tanto perrengue, desencontros, surpresas desagradáveis e eis que, de tanto lutar, o prêmio por tanta entrega seria alcançado.

Mas, infelizmente, as coisas não são assim dessa forma, não!

Curti meu carnaval demais (chego a dizer que, de tanto alívio e certeza nos dias de bonança que viriam, foi um dos melhores da minha vida!). Aí, voltei da viagem  pra minha vidinha pacata, quando veio um novo balde de água fria ao projeto: descobri que estava…

GRÁVIDAAAAAAAAAAAA!!

GRÁVIDAAAAAAAAAAAA!!!

Meu mundo desmoronou naquela manhã do teste positivo. Fiquei muito triste e feliz ao mesmo tempo, eu e Diego já estávamos juntos há 12 anos e já morando juntos há 4 e ele queria muito e eu não achava que era a hora, mas, enfim, eu esqueci de levar a pílula para o carnaval, achando que nunca engravidaria assim tão fácil, já que tomava anticoncepcional havia mais de 10 anos. Tolo engano.

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Deixei de lado o projeto Canada mais uma vez e fui curtir minha gravidez. Apesar de que ela não tinha sido planejada como eu sempre sonhei, encarei que era nossa filha tinha vindo na hora que ela achou melhor,  e minha amiga (aquela, lá de Brandon) me apoiou demais, me confortou muito, muito mesmo (mais uma vez ela!)! Ela ganhou muitos pontos comigo naquele ano e Valentina (Valen), minha joia, nasceu na noite do dia 21 de outubro de 2013 a coisa mais linda que poderia ter me acontecido.

Nada mais me importava e eu nem pensava mais em Canadá pra ser sincera. Veio 2014 e, em seu mês de abril, minha amiga canadense veio de novo com mais uma novidade: a opção de aplicar como SKILLED WORKER OVERSEAS, um dos streamings do PNP da província de Manitoba.

Esta versão do processo, que era válida até 31 de julho de 2014, funcionava da seguinte forma: primeiramente se deveria entrar no site oficial de Manitoba e fazer um teste on line pra verificar a elegibilidade, num sistema de pontos em que o score mínimo a ser atingido era de 60 pontos, ao se analisar formação acadêmica, proficiência linguística, adaptabilidade, seria ter uma conexão forte com a província e minha a amiga era a minha conexão.

Fui então verificar na página do governo de Manitoba se eu seria elegível e VRÁ! Sim, eu seria!  

Prairie Barn

Acho legal explicar que neste tipo de streaming, além da necessidade de se atingir os 60 pontos, existe uma constante, que é são os “close ties” (em tradução livre, algo como “fortes vínculos” ou “conexões fortes”) com a província. Em linhas gerais, são eles:

  • Manitoba Suporter – residente estabilizado da província, sendo amigo muito próximo ou parente;
  • Manitoba Experience – para aqueles que já viveram como residentes temporários na província, sejam como estudantes ou até mesmo trabalhadores temporários;
  • Manitoba Invitation – convite da própria província, em decorrência de uma missão de recrutamento ou de visitas exploratórias.

Como eu não tinha nenhuma experiência na província, não tivera nenhum tipo de convite por recrutador ou pelas visitas exploratórias (na verdade, até tive, mas não deu certo, como disse no post anterior), então minha amiga de Brandon se ofereceu como suporter para um eventual pedido meu de residência permanente na província, ao saber que eu atingiria a pontuação mínima exigida pela província. 

 

Assim, corremos pra ver toda a documentação (sim, minha amiga também “aplica”, tendo de provar que está estabilizada na província como residente lá!) e, em julho de 2014, eu apliquei para o processo dias antes de fechar para uma reformulação que sofreram (ao que parece o Canadá tem algo de sentir tédio, por isso mudam toda hora esses processos, não vejo outra explicação heheheheh).

Nossa, que alegria eu senti!

Me sentia muito mais perto do Canada!

Sentia que finalmente estava cada vez mais perto de dar um futuro melhor pra mim, meu marido e nossa bebê…

Feito isso, era só esperar uma média de 8 meses para finalizar o processo provincial e receber a carta de aceitação da província dizendo que Manitoba me aceitava e correr para a etapa federal e esperar o tão sonhado visto e partir para as terras congeladas (hehehe).

Road to Midland Point in Autumm

LEDO ENGANO!

Eu AINDA estou na etapa provincial já com 1 ano e 10 meses de uma longa e desesperadora espera.

Imaginem se eu tivesse demorado mais um pouco e pego o streaming atualizado?! É com base na minha experiência TAMBÉM que eu aconselho que se tem de correr sempre para aplicar, tão logo as janelas de oportunidades se abram e nós estejamos aptos para a aplicação! 

Mas, apesar dessa demora toda, sabemos que nosso processo está todo “redondinho”, com todos os requisitos preenchidos e estamos somente esperando serem analisados. Posso dizer que a luta, realmente, de fato, não acabou, mas o horizonte à frente é o mais nítido e positivo possível. Agora, é dar tempo ao tempo.

Bearspaw road NW of Calgary around sunrise in early summer

Sei que as coisas são assim mesmo e que eles são realmente criteriosos nas suas análises. Eu é que sou ansiosa!

Mas, assim, quem não seria, no meu lugar, né?

Ufa, muita coisa de 2008 até 2016, hein? 

Vou dar uma pausa, mas eu volto daqui a pouco atualizando as informações sobre meu processo, ok?

Obrigado.

Espero ter ajudado.

Sempre lembrando que…

It’s CANADA TIME!

Viram como não se pode esperar para aplicar para qualquer processo de imigração que seja, quando se fala de Canadá?

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Parte I – “DESVENTURAS DOS PROVINCIAIS” ou “POR QUE VOCÊ DEVE SE APRESSAR PARA APLICAR”

Parte I – “Após a tempestade…”

É comum se ler e escutar que o Canadá está cheio de oportunidades de emprego, que é um local com qualidade de vida, que as paisagens são estonteantes, os serviços públicos são ótimos, enfim, aquela lista a qual já vimos aos montes em várias revistas e sites por aí.

Porém, o que ninguém diz é que, para ter acesso a tudo isso, o papel do interessado tem de ser bem cumprido para atender às exigências imigratórias: há necessidade de se correr com a documentação, a disponibilidade de recursos deve estar presente o quanto antes e a adequação de perfil tem de ser para ontem.

Digo isso porque as mudanças nos processos imigratórios, tanto o federal como os provinciais, são frequentes e, muitas vezes, sequer são avisadas com uma boa antecedência. E, diante disso, são muito comuns os momentos em que o processo muda e boa parte do trabalho do aplicante é perdida, já que os requisitos mínimos à imigração mudam. O canal do Youtube deste blog já mostrou isso, em um hangout, e eu, Geórgia, direi abaixo como foi a minha história, muito semelhante à de Filipe Moreira, do vídeo citado.

 

Comecemos.

Prazer, meu nome é Georgia, tenho 33 anos, casada com o Diego. Temos uma linda filha chamada Valentina.  O Canadá entrou em nossas vidas em 2008 por meio de uma amiga. Fiquei encantada e fui correr atrás de informações. Nessas pesquisas, ao conhecer Quebec, me apaixonei: a província é  linda, linda, linda! Logo, fui contar ao meu marido que iríamos nos mudar e nosso destino seria o Canadá. Ele não pensou duas vezes: “entrou na minha ideia” na mesma hora.

Começamos a frequentar assiduamente as palestras oficiais da província de Quebec, nas quais tiramos as inúmeras dúvidas que tínhamos. A partir das respostas que nos foram dadas, começamos a entender como o processo funcionava e, assim que a gente pôde, entramos no curso de francês. Gente, foi um horror, pois nunca havia estudado esse idioma, mas, mesmo assim, encaramos, e até gostamos muito. Era bem divertido estudar em casal, um corrigia o outro e rolava até uma competiçãozinha pra ver quem sabia mais (hehehehe).

E, cada vez mais, o Quebec se mostrava muito acolhedor: o escritório de imigração até se mudou de Buenos Aires para São Paulo em 2008 e estávamos empolgadíssimos no francês.

De início, nosso plano era ficar uns 2 anos estudando e, após, aplicar para o visto de residente permanente. Até então era bem fácil imigrar por Quebec: precisávamos de nível intermediário/básico no francês, uma faculdade completada aqui mesmo no país (poderia ser qualquer curso na época) e comprovar que tínhamos um determinado valor em conta (nem precisava mandar extratos bancários pra comprovar, simplesmente se preenchia um formulário dizendo que tinha o dinheiro e já era aceito como prova). Então, estávamos felizes e estudando bastante o idioma, porque sabíamos que esse tal do francês deveria estar o mais afiado possível.

Em 2011, Quebec lança uma nota dizendo que faria mudanças no processo. A partir daí, foi aplicado um processo de pontuação, a partir do qual cada diploma/profissão ganharia pontos em um processo e que o francês começaria a ser exigido em um nível mais alto (agora em nível intermediário/avançado). Então, eu, que àquele momento estava quase chegando no básico, recebi um balde de água fria!

Mas, tudo bem, nas palestras do Quebec, fui orientada que este processo de imigração era de médio a longo prazo, e não desisti: continuei a estudar  e me planejei pra fazer um curso em Montreal em 2012 para melhorar o francês e ainda de quebra ganhar uns pontinhos de adaptabilidade (mais de duas semanas na província dá uns pontinhos de “reforço” no sistema de pontuação do Quebec).

Em 2012 eu parti para Montreal, Quebec. Como era esperado, fiquei mais encantada ainda quando conheci a cidade (e, nessas de turista, voltei bem pobre! hehehehe) e continuei os estudos de francês a fim de me adequar à nova exigência do idioma, mas o processo mudou novamente e, uma vez mais, fiquei fora do critério de pontos por causa do meu diploma (turismo) e meu marido já tinha parado de estudar francês por conta de nosso planejamento financeiro.

Eis que, desanimada com as mudanças bruscas e repentinas do processo de Quebec, mas ainda com o pensamento no sonho canadense, comecei a ver outras alternativas. Deixei de lado o Quebec  e descobri a província de Manitoba por meio uma amiga canadense que mora em Brandon.

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Li bastante o site oficial da província, entrei em várias comunidades no face, grupos de discussão, e todas as possibilidades de pesquisa que a internet nos traz. E, nessa fase de descobrimento, essa amiga de Brandon me ajudou (e ainda ajuda) muiiiito;  através desses estudos e das indicações dela, descobri as Visitas Exploratórias, que consiste em um programa através do qual a província convida candidatos à imigração para a conhecer e, ao final, quem sabe, ter a oportunidade de se candidatar à residência provincial. Me animei, novamente por ser exigido o inglês que eu já tenho (já morei nos EUA), porém eu precisaria de uma nota 5.0 no IELTS. Então, respirei fundo e lá fui eu fazer o raio da prova (hehehe)..

Gostaria de esclarecer que fui fazer a prova sem nem sequer estudar 1 linha, sem ter a mínima noção de como era o exame (hehehe, doideira total).

Na parte de speaking, fui bem, graças a Deus, mas meu desempenho no listening foi péssimo (por desconhecimento do exame, achei que poderia repetir o áudio 3 vezes, como nas provinhas de cursinho de inglês hehehehehehe) e na redação eu fui mediana.

Eis que meu resultado no IELTS saiu e eu tirei surpreendentes 6.5, o que me deixou muito feliz, e, com essa nota em mãos, apliquei correndo para a visita exploratória, ao mesmo tempo em que estava já tudo maquinado na minha cabeça, tinha acabado de começar no emprego novo, ia ganhar bem melhor e faria 1 ano de casada em novembro. Então, na aplicação para as Visitas Exploratórias, mencionei que gostaria de fazer minha visita em novembro de 2013.

Assim, sendo o otimismo em pessoa, mandei o pedido em fevereiro e fui curtir o carnaval daquele ano, um dos melhores da minha vida, estava muito feliz. Que lindo, não? Depois de tanto sofrimento, tanta angústia, tantas idas e vindas, eis que finalmente as coisas iriam se encaixar, iriam entrar nos trilhos.

Aposto que tem aí pensando que…ufa: finalmente, o final feliz! Mas…não foi bem assim…AINDA!

O post já está um pouco longo e vou deixar para o próximo, semana que vem, no qual irei detalhar a continuação dessa aventura.

Até a parte II de nossa história.

Sempre lembrando que…

It’s CANADA TIME!

 

 

Viram como não se pode esperar para aplicar para qualquer processo de imigração que seja, quando se fala de Canadá?

Espero que a primeira parte de minha história tenha servido de alguma forma a vocês. Semana que vem conto o resto.

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